IMIGRAÇÃO
ALEMÃ
Alemães - Família Hecht - 1919 1-Roberto,
2- Otto, 3-...(amiga da família), 4-Sofia,
5-Adolpho junior, 6-Frederico. Originários
de região, na Austria que, durante a
primeira guerra, foi dominada pela Alemanha
- Sudeto. |
Após
a Independência do Brasil, em 1822, D. Pedro
I continua a política de colonização, iniciada
por D. João VI, trazendo ALEMÃES
para o Rio Grande do Sul em 1824, para o
Paraná em 1827, em 1829 para São Paulo.
Outras colônias alemãs são formadas em Santa
Catarina e Espírito Santo. Porém, uma lei
de 19 de dezembro de 1830, suprime os créditos
à colonização, que se reduz consideravelmente,
definindo a primeira metade do século passado,
como insignificante nesse sentido. Por isso
o aumento lento da população brasileira
nesse período, enquanto o resto do mundo
entrava numa fase de grande expansão demográfica.
Até
o final do Império, a população brasileira
era formada, quase que totalmente por índios,
africanos e portugueses. Em 1850, o Brasil
tinha apenas 7 milhões de habitantes. Contudo,
a partir daí, o crescimento populacional,
antes lento, se modifica radicalmente. O
café, cultivado desde o séc. XVIII, entra
em rápida expansão e se estende por todo
o Rio de Janeiro, Vale do Paraíba e interior
de São Paulo. As estradas de ferro acompanham
esse avanço, surgem as exportações e agências
bancárias. Tudo isso torna mais prementea
necessidade de braços.
O
contingente de imigrantes alemães é duramente
atingido, durante a Primeira Guerra Mundial,
recomeçando esse movimento por volta de
1920 até a crise mundial de 1929, que dá
início à redução em proporções mínimas,
conforme a nova política adotada por Getúlio
Vargas, que acentua as migrações internas
entre os diferentes estados da União.
A
substituição da mão de obra escrava representou
uma revolução no sistema empregatício no
Brasil. Surge uma nova classe social através
da organização do proletariado rural, com
suas reivindicações específicas e um comportamento
político próprio.
A
imigração germânica é modesta, comparada
à portuguesa, italiana e espanhola, mas
trouxe grande benefícios para o Brasil.
Nem todos os alemães eram de origem camponesa,
muitos eram trabalhadores de indústrias,
sapateiros, ferreiros, alfaiates, vidraceiros
e até músicos ambulantes, pintores e professores.
Algumas famílias, que vieram como imigrantes
alemães, na verdade eram austríacos ou checoslovacos.
Em função das guerras e, consequentemente,
das tomadas territoriais, alguns países
da Europa sofriam alterações nos seus limites
e isso interferia na documentação dos seus
emigrantes. Por isso, temos, em nossa cidade,
famílias tidas como italianas ou alemãs
que, na verdade, tem outra origem.
Em
Penápolis, ela é pouco representativa em
número, mas atuante no campo político e
sócio - econômico.
“Viemos
para o Brasil por não poder comprar terras
na Alemanha, por motivos políticos. Éramos
de Braunau - Sudeto Alemão.”
Hugo
Anton Kühnes
“Eles
partiram do porto de Waner e viajaram durante
93 dias...um dos filhos nasceu a bordo...chegaram
em Santos em 1912.”
Arthur
Alfredo Ratdazt
“Nos
dois lados do córrego do Baixote, perto
de Braúna, havia uma colônia de alemães
que vieram no mesmo navio. Entre eles estavam:
Lorenz Reuter, que posteriormente foi dono
da agência Chevrolet, em Penápolis; o pai
de Erwin Bobel. Eram procedentes da região
mais povoada e industrializada da Alemanha,
o RUHR....a cidade de Braunau faz parte
dos Sudetos e a região é alemã. Prova que
a população, 3,5 mi-lhões de alemães, após
a 2ª Guerra foi, em parte eliminada e compulsóriamente
expulsa para a Alemanha.”
Adolfo
Avoglio Hecht
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