CAINGANGUES
HABITANTES
DA MATA
Tapuias
dolicocéfalos de linguagem travada, habitantes
do oeste paulista, com vocabulário de mais
ou menos quinhentas palavras. Denominados
“silvícolas bravios”.
O oeste paulista, até início deste século,
era considerado uma “região habitada por
índios de difícil contato.”
O último reduto dos caingangues era o vale
do Aguapeí. Ali tinham suas aldeias e mantinham
contatos com as tribos do Paraná e Santa
Catarina. Isso até a abertura de estradas
transversais cortando o sertão até as barrancas
do Paraná. Essa área representava 1/6 do
estado, 40.000 km quadrados, recobertos
de florestas virgens.
A aproximação do homem compreende algumas
formas: “Batidas” ou “Dadas” dos bugreiros
ou grileiros; comissões estaduais formadas
por geógrafos e geólogos; padres missionários
e finalmente, a estrada de ferro N.O.B.
“Os
caingangues, enquanto habitantes do interior
do Paraná eram pacíficos. Mas, após o extermínio
das expedições Jesuísticas, dão expansão
aos seus sentimentos de crueldade.”
Fausto
R. de Barros
Na
Segunda metade do século XVIII, adentram
o estado de São Paulo formando uma população
de aproximadamente 5000 índios.
“Não
se sabe com precisão, quando chegaram, porque
em 1628, segundo anotações de D. Luiz Céspedes
Xeria, eles não estavam por aqui. Em 1773,
o brigadeiro Sá e Faria já registrava a
presença dos mesmos na colônia Iguatemi
à margem esquerda do rio Paraná, entre o
Aguapeí e o Peixe.”
Fausto
R. de Barros
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