"De hábitos
modestíssimos, viveu como quis. No auge
do café, anterior à crise de 1929, quando
os fazendeiros e até sitiantes começaram
a comprar automóveis para ir percorrer as
propriedades, caçoavam do Coronel ainda
a cavalo. Respondia calmo:- Quando vocês
voltarem a andar a cavaloeu já estarei nele."
Orôncio
Vaz de Arruda Filho,
referindo-se a seu pai no livro "Andanças" |
"A Maria
Chica Velha? Quando nós viemos para cá,
ela também estava de saída para lá (Ubarana),
logo que nós chegamos ela foi embora. Era
uma mulher que tinha uma fazenda aqui....houve
uma divisão de terras...não deram um palmo
de terra para ela. Ela foi embora."
Enoch
de Paula Ribeiro,
nascido em 1883 |
"Em 1910,
meu pai abriu uma filial em Penápolis, que
naquele tempo se chamava Santa Cruz do Avanhandava...quando
foi em 1914 houve a Grande Guerra, foi uma
crise quase que universal...Então meu pai
fechou todas as filiais da noroeste...e
montou todo o estoque aqui em Penápolis.
E junto com o estoque, vim eu."
Francisco
Freitas Franco
"Chiquinho do Sol" |
"Vim de
Franca para Penápolis em 1918, meu pai já
estava por aqui desde 1916...o nosso grupo
(escolar) era, naquela época, onde está
a Farmácia São Luiz (esquina da Av. Luis
Osório e Dr. Mário Sabino) ali funcionou
o Grupo Escolar. Depois construíram o prédio
(1919) que é esse atual Luiz Chrisóstomo
de Oliveira."
Jerônima
Cápua Figueiredo |
"Comecei
a lecionar piano...o primeiro instrumento
que eu aprendi foi bandolim, eu era menina...minha
mãe incentivou, porque na Síria usa muito,
mas não é bem o bandolim, é um instrumento
parecido...depois comecei a lecionar piano
e depois lecionei um pouco de violino...em
seguida veio acórdeon...violão.
...Dava um festival, sempre beneficente...para
a Santa Casa, dos presos, para o Asilo...fazia
Natal para os presos...e tinha convite de
Birigui, Lins..
...nós fomos fazer um passeio ao Rio,...o
Nagib apareceu lá com o saxofone...se inscreveu
no programa "Papel Carbono"...estavámos
com ingressos para um teatro...ele chegou
de repente...'Penápolis todos estão sabendo
disso' aí eu tive que ir na marra...foi
na Rádio Tupi do Rio...recebemos tantos
telegramas lá...ah! é coisa gostosa..."
Almaza
Sabino
professora de Escola de Música e pianista
do "Jazz Sabino" |
Textos fornecidos pelo Museu Histórico e Pedagógico "Fernão Dias Paes"
|