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Estresse
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A
forma como o estresse, aumenta as chances
de doença cardíaca pode agora ser melhor compreendida.
Um estudo de, Catherine Stonev, da Universidade
de Ohio (EUA), mostrou que o estresse eleva
a concentração no sangue de uma substância
relacionada a maior risco cardiovascular.
O estudo foi feito com 34 mulheres de 40 a
63 anos de idade. Nos momentos de estresse,
elas tinham um aumento do aminoácido homocisteína
no sangue, que, mesmo em quantidades moderadas,
tem sido considerado um fator de risco de
denças cardíacas. A pesquisa foi publicada
pela revista "Life Sciences" em 14/05/99.
O próximo passo é verificar se o efeito é
também perceptível em homens.
O estresse é o conjunto de reações do organismo
a agressões externas de ordem física, psíquica
ou infecciosa O estresse é o conjunto de reações
do organismo a agressões externas de ordem
física, psíquica ou infecciosa, que prejudicam
o equilíbrio orgânico interno e iniciam uma
série de reações químicas. Essas reações são
uma defesa do organismo contra agressão externa.
Se elas persistem por longos períodos, podem
surgir complicações de saúde.
O estudo de Stoney é o primeiro a mostrar
como fatores comportamentais podem afetar
o nível de homocisteína. Esse aminoácido é
um subproduto do consumo de proteínas de origem
animal, como carne e leite. As vitaminas B
eliminam a homocisteína do sangue. Falta de
vitamina B e de ácido fólico na dieta causa
aumento da concentração do aminoácido, trazendo
maior risco de doença cardiovascular. Níveis
elevados desse aminoácido danificam o interior
dos vasos sangüíneos, facilitando o desenvolvimento
de placas que vão bloqueando as artérias.
Metade das mulheres estudadas ainda não tinham
chegado à menopausa; a outra metada já tinha
passado. O objetivo foi checar se a diferente
química do organismo nesses dois momentos
da vida da mulher poderia afetar os resultados.
Houve uma diferença pequena em pelo menos
uma substância. O resultado está sendo estudado
para se verificar se há relação direta com
a homocisteína.
O estresse pode ser provocado por situações
variadas, desde um ritmo de trabalho intenso
até dificuldades de relacionamento pessoal.
No estudo, o estresse provocado para medir
o efeito imediato no sangue era bem menos
grave, além de temporário - por exemplo, a
mulher deveria responder rapidamente e em
seqüência o resultado de subtrações. O aumento
do aminoácido no sangue também se manteve
em níveis não perigosos.
Jornal: Folha de São Paulo de 15/05/99 Caderno
Mundo - Ciência página 1.17 Ricardo Bonalume
Neto - especial para a Folha. |
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